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Como a Construção de Si Acontece: Entendendo o Complexo de Édipo Segundo Freud

  • Foto do escritor: Danielle Ferreira
    Danielle Ferreira
  • 10 de abr.
  • 3 min de leitura
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No mundo da psicologia, um dos conceitos mais fascinantes e que ainda desperta muito interesse é a construção da identidade humana, algo que Freud discutiu de forma profunda em sua teoria. A psicóloga Danielle Ferreira, ao explorar esse tema, nos convida a refletir sobre o Complexo de Édipo e como ele desempenha um papel fundamental na formação da nossa personalidade. Vamos entender melhor esse processo!


O Início da Formação da Identidade

A construção da identidade de uma pessoa começa bem cedo, logo na infância. Freud (1914) descreve que a criança, desde os primeiros momentos de vida, está envolvida em um processo de "narcisismo primário e secundário". Esse processo acontece com a primeira experiência de amor e dependência: a mãe. Ela não só alimenta e cuida da criança, mas também é a primeira pessoa em quem a criança investe sua libido — um termo usado por Freud para descrever a energia emocional investida em outra pessoa. Esse vínculo inicial tem um impacto profundo e duradouro em toda a formação da personalidade do sujeito.


O Complexo de Édipo: A Influência do Pai

Foto: Reprodução Pixabay
Foto: Reprodução Pixabay

À medida que a criança cresce, o conceito de "investimento objetal" se torna crucial. Freud explica que o sujeito começa a se formar através de suas relações com o "objeto" em que investe sua energia afetiva. No começo, esse objeto é a mãe, mas, com o tempo, a criança passa a se identificar também com o pai.

No caso dos meninos, essa identificação com o pai é marcada por um momento de conflito. Eles começam a perceber o pai como um obstáculo para o amor que sentem pela mãe, o que gera um sentimento de raiva em relação a ele. Isso é uma parte natural do processo de desenvolvimento, e é justamente nesse momento que a criança começa a formar a sua identidade, já com um vínculo importante com a figura paterna.


Dissolvendo o Complexo de Édipo: O Retorno da Libido

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A dissolução do Complexo de Édipo, segundo Freud (1923), ocorre quando a criança consegue "revestir" sua libido, ou seja, depois de direcioná-la ao objeto (mãe), ela a retorna para si mesma, mas agora de forma mais consolidada, por meio de uma identificação com o pai ou, em alguns casos, com a mãe. Isso é essencial para o fortalecimento do sujeito, que começa a ter mais clareza sobre sua identidade. A partir dessa identificação com o pai ou com a mãe, a criança passa a ser mais autossuficiente e sua personalidade se solidifica.


Como o Complexo de Édipo Afeta o Desenvolvimento

Foto: Edu Kapps/Prefeitura do Rio
Foto: Edu Kapps/Prefeitura do Rio

Quando o Complexo de Édipo é "dissolvido", ou seja, quando o investimento afetivo na mãe é abandonado, duas coisas podem acontecer. No caso dos meninos, isso normalmente resulta no fortalecimento da sua identificação com o pai, o que ajuda a consolidar sua masculinidade. Para as meninas, o resultado pode ser uma maior identificação com a mãe, o que reforça sua identidade feminina.

Esse processo não é apenas uma etapa do desenvolvimento, mas é fundamental para a construção do caráter e da personalidade da criança. A forma como ela lida com esses vínculos iniciais vai influenciar suas relações e escolhas ao longo da vida.


A Importância dos Primeiros Investimentos Afetivos


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De acordo com Freud, a escolha dos primeiros objetos de investimento de libido — como a mãe e o pai — tem um impacto duradouro na construção da identidade. Esses primeiros vínculos definem as futuras investidas afetivas e as identificações do sujeito, o que, por sua vez, influencia toda a sua formação de caráter e personalidade. Em outras palavras, as primeiras relações de amor e afeto determinam como a criança se verá e se relacionará com o mundo ao seu redor.


O Legado de Freud na Construção da Identidade

O Complexo de Édipo não é apenas uma teoria sobre o desenvolvimento infantil, mas uma chave para entendermos como formamos nossa identidade ao longo da vida. O processo de identificação com a mãe, com o pai e consigo mesmo molda o nosso caráter e, consequentemente, nossas relações pessoais. É importante lembrar que esse processo é único para cada indivíduo, e a maneira como lidamos com ele reflete diretamente na nossa maneira de ver e interagir com o mundo.

Se você ficou curioso para saber mais sobre como Freud e outros psicólogos veem a formação da personalidade, não deixe de seguir o Instagram da Danielle e do Tarde Feliz! Vamos continuar trazendo reflexões e posts sobre o tema! A psicologia oferece um universo riquíssimo para entendermos mais sobre quem somos e como nos tornamos quem somos.

 
 
 

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