Crianças Transgêneros existem e precisam ser ouvidas
- Daniela Libano e Raiane Oliveira
- 27 de jun.
- 11 min de leitura
“Será que uma criança pode saber que é trans?”
Essa é uma das perguntas que muitas pessoas fazem - e que, na maioria das vezes, esconde mais desinformação e preconceito do que o real interesse em compreender essa questão. Quando abordamos sobre a infância trans, surgem diversas dúvidas, preconceitos, medos e opiniões apressadas, que estão quase sempre atreladas aos estigmas e mitos da nossa sociedade.
Mas por trás dessas discriminações disfarçadas de opiniões, há vidas reais: crianças e adolescentes transgêneros que só querem ser reconhecidas e vistas como são, e pais que, dão espaço e o acolhimento necessário para que seus filhos possam florescer do seu próprio jeito. Neste texto, compartilharemos algumas dúvidas bem comuns sobre a temática, como também relatos de pais que vivenciaram essa transição com seus filhos.
Também iremos refletir sobre como a desinformação pode impactar essas vivências e por que acolher esses jovens é uma escolha que salva vidas. Afinal, é mais do que uma decisão, é a constante tentativa de existir com dignidade e respeito.
Sexo (atribuído ao nascer), gênero e orientação sexual: O que cada um realmente significa?
É comum que as pessoas tenham dúvidas sobre as características que definem esses termos. Geralmente, ao nascer, um determinado sexo é atribuido à criança com base nas características físicas do seu corpo. Ou seja, crianças que nascem com vagina são instantaneamente atribuídas ao sexo feminino, e crianças que nascem com pênis são atribuidas ao sexo masculino.
No entanto, o termo “gênero” é um pouco mais amplo e se refere ao nosso senso interno, o que chamamos de identidade de gênero. Essa identidade não depende do sexo biologico da pessoa, mas de como ela percebe a si mesma. Devemos lembrar que as crianças não nascem sabendo que são meninas ou meninos, essas questões de identidade vão sendo construídas ao longo do seu desenvolvimento, a partir das interações sociais estabelecidas, inicialmente com a família e, mais adiante, com outras pessoas. Especialistas na área afirmam que crianças começam a ter noção do que é feminino e masculino por volta dos três anos de idade, e é durante esse período que elas tendem a se identificar ou não com determinadas características de um gênero.
Se a criança nasce com um sexo atribuido que se alinha com a identidade de gênero, a chamamos de cisgênero. Quando o oposto acontece, ou seja, a atribuição do nascimento não se alinha com a identidade de gênero, a criança é transgênero.
Por fim, temos o termo orientação sexual, que refere-se ao tipo de pessoa por quem sentimos atração afetiva ou sexual. Uma pessoa pode se sentir atraída por pessoas do mesmo sexo (homossexual), do sexo oposto (hetorossexual), de ambos os sexos (bissexual), ou até mesmo não sentir atração sexual por pessoas (assexual), entre outros possibilidades.
Crianças transgêneros e as desinformações que ainda insistem em circular
Essas crianças estão sendo influenciadas?
Não, crianças que se identificam como transgêneros não estão sendo influenciadas por ninguém. Essa identificação não é o resultado de uma fase, de uma ideologia específica ou de alguma desorientação mental. É uma parte intrínseca de quem a criança é.
Assim como ninguém pode ensinar uma criança a ser heterossexual ou homossexual, ninguém pode convencer uma criança a se identificar como transgênero. Ou seja, a identidade de gênero é um aspecto inato de cada pessoa, que não necessita de fatores externos que influenciam na decisão; é, na verdade, uma autodescoberta do indivíduo.
Crianças não são novas demais para compreender sobre gênero e como se sentem sobre isso?
Como a identidade de gênero é uma parte fundamental da essência de uma pessoa, ela começa a se desenvolver cedo na vida, geralmente por volta dos três anos de idade. Assim como as crianças cisgêneros sabem quem são, as crianças trans também começam a ter essas percepções e a entender a si mesmas nesse período.
É muito comum que as crianças nessa faixa etária comecem a fazer perguntas que remetam a objetos ou vestimentas tipicamente associados a gênero específicos. Isso, obviamente, não é um indicativo muito claro que a criança seja transgênero, pois as crianças tendem a ter interesse por diversos tipos de brincadeiras e objetos, independentemente das construções sociais de gênero.
É muito importante que a família proporcione um ambiente seguro e acolhedor para a criança, validando suas percepções e sentimentos, e dando espaço para que ela possa se autodescobrir, sem julgamentos ou pressões. Um ambiente seguro que promova o bem-estar é fundamental para o desenvolvimento saudável de qualquer criança, especialmente daquela que está conhecendo a si mesma.
Escutar, acolher e amar: Relatos de pais de crianças trans
Relato de Anderson de Almeida, fundador da Associação das Famílias de Transgêneros
A criação de uma criança nunca foi uma tarefa fácil, requer muita paciência, carinho e respeito para que o desenvolvimento dela seja adequado e saudável. Para o empresário e lutador Anderson de Almeida, esse processo foi um pouco conturbado, tanto para ele quanto para sua filha, Carolina.
Anderson conta em uma entrevista para o UOL que os primeiros comportamentos foram identificados em torno dos 2 anos de idade. De acordo com ele, sua filha costumava colocar fraldas de pano na cabeça para fingir que tinha cabelo comprido, mas era rapidamente reprimida pelo pai. Outro indicativo foi o encantamento de Carolina ao visitar sua prima e ter contato com brinquedos tipicamente “femininos”; o pai relata que a mesma “pulava de um lado para o outro”. Isso se tornou um problema, já que o genitor decidiu não ir visitar as casas de amigos ou familiares por simplesmente ter vergonha do comportamento da filha, pois temia que pensassem que ele tinha um filho gay.
Por ter sido criado em uma família tradicional, Anderson não conseguiu lidar com esse processo da melhor forma, chegou até mesmo a culpar a esposa por tais comportamentos da filha. Ele conta que “xingava e batia nele quando ele tinha 3 anos. Ele corria e se escondia com medo. Eu me arrependo e me emociono, porque sei que fui um mau pai para ele.” Anderson relata que não compreendia o que estava acontecendo com sua filha, por isso não dava espaço para que ela desenvolvesse o que considerava errado.
Ao ser obrigada a ser o que não era, Carolina começou a se tornar uma criança agressiva, introspectiva, não se comunicava com ninguém, machucava outras pessoas, cuspia e xingava. Os pais começaram a pensar que ela tinha algum transtorno psicológico e buscaram ajuda até mesmo na religião. O desconhecido era tão grande que alguns familiares chegaram a comentar que ela tinha algum tipo de espírito obsessor que só a igreja poderia resolver.
Foi a mãe de Carolina que tomou a iniciativa de procurar informações que pudessem ajudar a filha. Ela começou a procurar na internet relatos de meninos que tiveram os mesmos comportamentos de sua filha, como gostar de brinquedos e roupas femininas, e foi assim que conheceu o conceito de transgênero. Ao expandir sua pesquisa, a mãe de Carolina ficou sabendo que no Hospital das Clínicas havia um grupo que atuava com crianças trans.
O tratamento com o psiquiatra foi iniciado quando Carolina tinha 4 anos de idade. No entanto, Anderson conta que havia feito um trato com a filha: dentro de casa, ela poderia fazer ou vestir tudo que quisesse, mas fora, ela deveria voltar a ser o Murilo. Em um dia qualquer, ao colocá-la para dormir, Carolina disse ao pai:“Papai, eu quero acordar menina, quero ser princesa, não aguento mais ser desse jeito”. Foi nesse momento que Anderson percebeu que o que estava fazendo não era o certo para a sua filha. Ele relata que se emocionou e pediu desculpas a ela.
Por fim, em julho de 2016, Carolina assumiu de vez o gênero feminino. Começou a vestir saias, vestidos, blusas femininas e sandálias. Também deixou o cabelo crescer, como tanto queria quando era mais nova, e passou a pintar as unhas e se maquiar quando quisesse.
Como pai de uma criança trans, Anderson relata que o medo do preconceito e de como isso vai afetar a filha sempre será algo muito presente, afinal, não podemos controlar o mundo ao redor das crianças. Mas ele afirma que ensinou a filha a se defender com muita sabedoria e a não reagir de forma agressiva quando um comentário ruim aparecer.
Anderson termina a entrevista com uma declaração emocionante para a filha: “Minha filha me ensinou a ser um pai de família. Com ela, eu aprendi o que é o amor e o respeito. Hoje estou livre de rótulos e preconceitos. É importante que os pais ouçam seus filhos e deixem eles ser o que eles quiserem.” Hoje, Carolina vive sua infância com saúde, dignidade e a felicidade de ser reconhecida por quem realmente é.
Relato de Thamirys Nunes, ativista pelos direitos das crianças trans e das famílias com filhos e filhas trans.
Thamirys Nunes sempre sonhou em ser mãe de um menino. Em 2015, nasceu Bento — e com ele veio a realização do seu maior desejo. Ela largou o trabalho, mergulhou de cabeça na maternidade e acreditava estar vivendo exatamente o que planejou. Mas a vida, como costuma fazer, a surpreendeu.
Com pouco mais de 1 ano e meio, Bento já demonstrava desconfortos que pareciam pequenos, mas tinham um significado profundo. Em um dia de praia, por exemplo, recusou-se a tirar a camisa, dizendo que queria usar a parte de cima “igual à mamãe”. Com o tempo, esses sinais foram ficando mais claros. Aos dois anos, Thamirys e o marido procuraram ajuda profissional — mas a primeira psicóloga culpou os dois: ela por ser “vaidosa demais” e ele por trabalhar demais.
A orientação foi reforçar o universo masculino — desde os brinquedos até o estilo musical da casa. “Até heavy metal colocamos para a criança escutar”, lembra Thamirys. “Foram dois anos tentando encaixar Bento em algo que claramente não o deixava feliz.”
Sem respostas, ela continuou pesquisando e descobriu o AMTIGOS — ambulatório especializado em identidade de gênero e orientação sexual, da USP. Enquanto aguardavam atendimento, procuraram outra psicóloga, que trouxe um novo olhar: “liberar em casa e blindar na rua”. A ideia era criar um espaço seguro onde Bento pudesse explorar sua identidade sem medo. Foi assim que surgiu Agatha.
Durante meses, a família respeitou o fluxo entre o masculino e o feminino. Em casa, perguntavam com carinho: “Hoje você quer ser chamada de filho ou de filha?” Sem preferências, sem julgamentos. Agatha foi se descobrindo, experimentando e ganhando confiança até dizer, com todas as letras: “Eu sou uma menina, e meu nome é Agatha.”
A escola foi o último passo. Ela pediu para usar o uniforme feminino e assim começou sua transição social — ou seja, sem qualquer procedimento médico ou hormonal, apenas a afirmação de sua identidade.
Mas o caminho não foi fácil. Na primeira festa junina como Agatha, os olhares tortos, os cochichos e o bullying apareceram. “A sorte é que ela não percebeu”, diz Thamirys. A violência, no entanto, não vinha só das crianças — havia também o silêncio e o incômodo de professores e pais.
Foi aí que Thamirys decidiu contar sua história para as outras famílias da escola. “Eu precisava que elas entendessem. Que soubessem que minha filha só queria ser respeitada como qualquer outra criança.” O gesto transformou a convivência na escola. “Claro que alguns pais nunca mais olharam pra gente, mas a maioria passou a nos tratar com empatia.”
A transição de Agatha também foi, para Thamirys, um processo de luto. “Eu precisei dizer adeus ao Bento. E isso doeu. Doeu abrir mão do nome que eu sonhei desde a gravidez. Doeu não poder mais dizer ‘meu filho’. Mas hoje eu entendo: eu sou mãe de duas crianças. Do Bento, que partiu em vida, e da Agatha, que nasceu depois.”
Dessa dor nasceu também uma força. Thamirys virou ativista, escreveu um livro — Minha Criança Trans — e criou um perfil nas redes sociais para compartilhar sua experiência. Hoje, ela coordena um grupo de apoio com mais de 140 famílias de todo o Brasil. “As mães me procuram porque veem que eu sobrevivi à dor que elas estão sentindo agora. E isso dá esperança.”
Seu ativismo trouxe ataques — xingamentos diários, acusações absurdas — mas também propósito. “Faço isso porque quero que minha filha brilhe, tenha oportunidades, seja feliz.”
Sobre o futuro, Thamirys é tranquila: “Hoje, o que importa é que Agatha seja respeitada e amada. Se um dia ela quiser voltar a se identificar como menino, vamos respeitar também. Meu papel é garantir que ela se sinta segura para ser quem é — seja quem for.”
O impacto do apoio familiar na vida de crianças trans
O acolhimento familiar é um divisor de águas na vida de crianças e adolescentes trans. Quando o lar é um espaço de amor e respeito, a diferença no bem-estar físico e emocional é imensa. É em casa que se constrói a base para enfrentar o mundo — e quando essa base é firme, tudo muda.
Dados da Associação Americana de Psicologia mostram que jovens trans que têm o apoio da família apresentam níveis muito mais baixos de depressão, ansiedade e risco de suicídio. E isso não é apenas estatística — é a vida real dizendo que estar ao lado faz toda a diferença.
No Brasil, a realidade é ainda mais delicada. Uma pesquisa feita pela USP com o Ministério da Saúde revelou que mais de 70% das pessoas trans já pensaram em suicídio, e cerca de 40% já tentaram. Esses números, tão pesados, muitas vezes estão ligados à ausência de acolhimento dentro da própria casa.
A ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) também alerta: a expectativa de vida de pessoas trans no Brasil é de apenas 35 anos. Um número que assusta — mas que também chama a atenção para o poder que a família tem de mudar histórias. O amor e o reconhecimento dentro de casa podem ser, literalmente, ferramentas de proteção e de vida.
E apoiar não quer dizer saber tudo ou nunca errar. Significa estar presente, disposto a ouvir, a aprender, a respeitar o nome e os pronomes corretos. Quando essa mensagem vem da família, a criança ou adolescente entende que tem onde se apoiar, mesmo quando o mundo lá fora não entende. E é isso que dá força pra viver com verdade, com dignidade — e com esperança.
Onde buscar apoio e informação?
Se você é pai, mãe, familiar ou responsável por uma criança ou adolescente trans — ou simplesmente quer entender melhor esse tema com empatia e responsabilidade — aqui estão alguns espaços que podem ajudar:
Minha Criança Trans: projeto criado por Thamirys Nunes, mãe da Agatha, que oferece acolhimento e orientação a outras famílias.(minhacriancatrans.org)
Cartilha do Conselho Federal de Psicologia sobre transgeneridade na infância: documento acessível e importante para quem deseja entender o tema com base científica.(https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2017/10/Transgeneridade-na-infancia.pdf)
ANTRA – Associação Nacional de Travestis e Transexuais: referência nacional na defesa dos direitos da população trans e na luta contra a transfobia. (antra.org.br)
O que aprendemos quando paramos para escutar?
O que mais marcou ao longo dos relatos nesta conversa foi perceber que, na maioria das vezes, o ponto de virada na vida dessas crianças não veio de fora — veio de dentro de casa. Cada pai e mãe que decidiu ouvir com atenção, observar sem julgamento e respeitar a identidade de seus filhos deu a eles algo fundamental: a chance de crescer com dignidade.
Em um país onde tantas pessoas trans enfrentam rejeição e violência desde cedo, a atitude desses familiares se transforma em resistência. E, mais do que isso, em proteção concreta. Como mostram os dados, quando há apoio no lar, os riscos diminuem, e as possibilidades de uma vida mais segura e saudável aumentam de forma significativa.
A jornada, para muitas dessas famílias, começa com dúvidas, receios e até medo de errar. Mas o que os relatos deixam claro é que não é preciso saber tudo para começar. O mais importante é estar disposto a ouvir, buscar informações em fontes confiáveis e caminhar lado a lado com respeito e amor.
Existem redes de apoio e materiais que ajudam nesse processo. E encontrar esse suporte pode fazer toda a diferença — não apenas para a criança, mas também para os pais, que passam a enxergar, com mais clareza, a beleza de permitir que seus filhos sejam exatamente quem são.
Em cada relato de acolhimento, há também um convite: o de rever o que significa amar. Porque amar, nesses casos, é muito mais do que aceitar — é escolher, todos os dias, apoiar com presença, afeto e responsabilidade.
Referências Bibliográficas:
ZUCCARI, Tatiana. Será que meu filho é trans? Criança trans. Disponível em: https://www.tatianazuccari.com.br/criancatrans. Acesso em: 13 de junho, 2025.
LGBTQ+SPACEY. Mitos e Verdades sobre Crianças Trans - LGBTQ+Spacey. Disponível em: <https://lgbtqspacey.com/mitos-e-verdades-sobre-criancas-trans/> Acesso em: 13 de junho, 2025.
G1, 280 crianças e adolescentes trans fazem transição de gênero no HC da USP; veja vídeos com o que eles contam sobre esse processo. Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/01/29/280-criancas-e-adolescentes-trans-fazem-transicao-de-genero-no-hc-da-usp-veja-videos-com-o-que-eles-contam-sobre-esse-processo.ghtml> Acesso em: 13 de junho, 2025.
THERRIE, Bárbara. “Não queria filho veado”: a trajetória de um pai e a filha trans de 6 anos. Disponível em:<https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2017/12/15/ele-nasceu-menina-no-corpo-de-um-menino-diz-pai-de-crianca-transgenero.htm> Acesso em: 14 de junho, 2025.
NUNES, Thamirys. Minha criança trans: o relato da mãe de Agatha sobre a transição de gênero na infância. Ninhos do Brasil, 29 nov. 2023. Disponível em: https://www.ninhosdobrasil.com/post/minha-crianca-trans. Acesso em: 16 de junho, 2025.
AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATION. Ser jovem e trans: o impacto do apoio familiar. APA Topics – LGBTQ+. Washington, D.C., 2021. Disponível em: https://www.apa.org/news/press/releases/2021/06/supporting-transgender-youth. Acesso em: 16 jun. 2025.
PELÚCIO, Larissa; SILVA, João Nery; BENTO, Berenice; JESUS, Jaqueline Gomes de. Transfobia e saúde: resultados da pesquisa nacional sobre o ambiente escolar e experiências de pessoas trans no Brasil. São Paulo: Universidade de São Paulo; Ministério da Saúde, 2017.
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS – ANTRA. Dossiê dos assassinatos e da violência contra travestis e transexuais brasileiras em 2023. Brasília: ANTRA, 2024. Disponível em: https://antrabrasil.org/dossie. Acesso em: 16 jun. 2025.
Que texto necessário. É fundamental que a sociedade ouça e acolha as crianças trans com respeito, empatia e responsabilidade. A maioria das pessoas ainda tem muitas dúvidas sobre o que significa, e esse tipo de conteúdo ajuda a ampliar a consciência coletiva. A dignidade das crianças deve sempre vir em primeiro lugar. Não importa nossa opinião pessoal: escutar e acolher é uma questão de humanidade.