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Rostos e Vozes: Desconstruindo o Sistema - Empoderamento e Interseccionalidade através da Educação

  • Foto do escritor: Projeto Tarde Feliz
    Projeto Tarde Feliz
  • 20 de mar.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 6 de abr.

Foto de Smith Collection/Gado
Foto de Smith Collection/Gado

Em uma atividade feita pelo Tarde Feliz , buscamos proporcionar aos alunos da turma de Projeto de Vida uma oportunidade única de refletir sobre a interseccionalidade, conceito fundamental para entender como a combinação de diferentes eixos de opressão afeta meninas e mulheres em contextos históricos e sociais diversos. Ao discutir o filme Batalhão 6888 e sua relação com a interseccionalidade, a atividade conectou o passado e o presente, permitindo que os estudantes compreendessem como o racismo, o sexismo e outras formas de discriminação se entrelaçam e impactam a vida das mulheres, especialmente as negras.


O Batalhão 6888 e o Empoderamento Feminino

Poster do filme 'Batalhão 6888', nova produção da Netflix. Foto: Netflix/Divulgação
Poster do filme 'Batalhão 6888', nova produção da Netflix. Foto: Netflix/Divulgação

O Batalhão 6888 é um exemplo significativo de mulheres negras que, durante a Segunda Guerra Mundial, se destacaram pela sua coragem e contribuição, mas que foram marginalizadas pela história. Formado por mulheres que serviram na Europa, o batalhão foi a única unidade militar composta exclusivamente por mulheres do Exército dos Estados Unidos a atuar no exterior, e a primeira composta por pessoas negras. No entanto, sua contribuição foi largamente esquecida, não apenas por sua importância estratégica, mas também pela interseccionalidade de raça e gênero que marcou a experiência dessas mulheres.

Na atividade realizada, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre esse batalhão e refletir sobre como a interseccionalidade pode ajudar a entender por que essas mulheres não foram reconhecidas de forma adequada. A história do Batalhão 6888 ilustra como o racismo e o sexismo podem se interligar, criando barreiras ainda mais complexas para o reconhecimento e valorização de conquistas feitas por mulheres negras, especialmente em períodos históricos como a Segunda Guerra Mundial.


A Interseccionalidade na Prática

Foto: Nolwen Cifuentes. Reprodução: Vox
Foto: Nolwen Cifuentes. Reprodução: Vox

O conceito de interseccionalidade, conforme desenvolvido por Kimberlé Crenshaw, foi central para a atividade Rostos e Vozes: Desconstruindo o Sistema. Ao explorar a forma como o racismo, o patriarcalismo e a opressão de classe se cruzam e estruturam as desigualdades sociais, os alunos puderam refletir sobre as múltiplas camadas de discriminação que as mulheres enfrentam, principalmente as negras e de classe trabalhadora. Durante a atividade, os estudantes discutiram as dinâmicas de poder que colocam essas mulheres em situações de vulnerabilidade, desde o campo de batalha até o cotidiano social.

Essa reflexão é fundamental para entender como a opressão não afeta as pessoas de forma isolada, mas como múltiplos fatores se combinam para criar experiências únicas de sofrimento e resistência. Os alunos puderam perceber que, enquanto o racismo e o sexismo têm impactos distintos, suas interseções geram realidades ainda mais desafiadoras, como demonstrado pelo exemplo do Batalhão 6888 e pela história de muitas outras mulheres negras ao longo da história.



Empoderamento das Meninas no Contexto Atual

Além de abordar o passado, a atividade também fez uma conexão com o presente, discutindo como as meninas e mulheres enfrentam, hoje, as mesmas formas de opressão que marcaram a vida das mulheres do Batalhão 6888. No Brasil, as meninas continuam sendo as principais vítimas de violência, seja física, sexual ou psicológica, e enfrentam barreiras culturais e sociais que limitam suas oportunidades e seu desenvolvimento. A violência de gênero, as desigualdades educacionais e a discriminação no mercado de trabalho são exemplos claros de como o sistema continua a operar de maneira desigual.

A atividade com os adolescentes procurou, portanto, não só sensibilizar os alunos sobre essas questões, mas também incentivá-los a refletir sobre como podem ser agentes de mudança. Ao discutir o empoderamento feminino, a atividade ajudou os estudantes a compreenderem a importância da educação e do reconhecimento das contribuições das mulheres ao longo da história, além de discutir formas de combater a violência e a opressão contra meninas e mulheres no Brasil.


O Papel da Educação na Transformação Social

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A atividade Rostos e Vozes: Desconstruindo o Sistema foi uma oportunidade importante para que os alunos compreendessem a interseccionalidade e as desigualdades enfrentadas pelas mulheres, especialmente as negras. Ao apreender a crítica no Batalhão 6888 e refletir sobre o impacto da opressão no presente, os estudantes foram desafiados a se engajar ativamente na promoção da igualdade de gênero e na construção de uma sociedade mais justa.

Por meio dessa reflexão, ficou claro que a educação desempenha um papel fundamental no empoderamento de meninas e mulheres, ajudando a desconstruir estereótipos e a promover uma compreensão mais ampla das complexas realidades sociais. Além disso, ao trabalhar a interseccionalidade, a atividade contribuiu para o entendimento das diversas formas de discriminação e a importância de uma luta coletiva para superar essas barreiras.



 
 
 

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